‘Amor’ (César Vallejo)/ Leila Yatim (Trad.)

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Amor, já não voltas aos meus olhos mortos;

E qual meu idealista coração te chora.

Meus cálices todos aguardam abertos

Tuas hóstias de outono e vinho de aurora.

Amor, cruz divina, rega meus desertos

Com teu sangue de astros que sonha e que chora.

Amor, já não voltas aos meus olhos mortos

Que temem e anseiam teu pranto de aurora

Amor, não te quero quando estás distante

Rifado em cortes de alegre bacante,

Ou em frágil e achatada afeição de mulher.

Amor, vem sem carne, de um Icor que assombre;

E que eu, a maneira de Deus, seja o homem

Que ama e gera sem sensual prazer!

Leila Yatim, excelente estudiante de Relaciones Internacionales de la UNILA

Puntuación: 5.00 / Votos: 4

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