Archivo por meses: noviembre 2013

[Qué va con la poesía]

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Para mis alumnos de la UNILA

Qué va con la poesía

La vida

Es muy general

Los afectos las cobardías

Acaso también

La iluminaciones

Secreta pátina

De algunas horas

De algunos días

Qué va

La realidad ésta se acaba

No en el otro mundo

Sino ahora ya aquí

Y todo sigue siendo

Realidad pero otra

Y otra y una penúltima

Siempre para los poetas

La última para los que creen

Y no ven escapatoria

Pero para los que nos hemos fugado

Siempre con la sospecha

De que existieses

Y de que nos miraras envueltos

Cómo podría decirlo

Entre el pequeño huracán

De tu presencia

Y nuestros papeles

Y nuestra espera

Y nuestra alegría

Quemante  y efímera alegría

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Garganta do Diabo/ Alejandro Abdul

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Yo estoy acá na Garganta do Diabo

Ciudad tán hot,

Mi Querida mamá que acolhe a todas as culturas

Che sy tán importante, My mother tão turística

Che Foz do Iguaçu-gua. Is wonderful!

Na calada de las lluvias, del brillo, del yellow

Acá sí és posible brotar

Las Calandrias y zorzales

Vêm o delírio, o martírio

Um corpo atormentado

Uma alma desesperada

Um cérebro que pensa, que busca solução e alma

O nosso ser quer sair, quer agitar

O ser que sente que vai enlouquecer aqui em Foz do Iguaçu

Quer fugir? Faz força! Foz força!

Quer sair o corpo,

Quer sair….sair para onde?

Se não me deixa morrer, deixe-me viver

Não me sufoque mais,

Solte-me, deixe-me viver…Cataratas do Iguaçu…Ardente e fria

Quati…cadê você?

Corre! Corre! Corre!

Foge! Foge! Foge!

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Mi nombre es Alejandro Abdol

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Apresentar-me é tarefa tão esquálida quanto o óxido que corroê o ferro de meu sangue. Talvez seja a questão do sangue que tem colocado em mim o assombro da tarefa. Chamam-me de Alejandro Abdol. Muito prazer. Mas não sei como eu chamaria a mim mesmo caso tivesse que me nomear.

Deram a mim os nomes comuns, de Alejandro e de Abdol. O primeiro significa aquele que defende toda a humanidade. Acho que jamais seria capaz de defender uma formiga e ainda assim sinto uma tremenda culpa por não ter coragem para defendê-la. É claro que minha pesquisa na biblioteca municipal não pode ser levada muito a sério. Os nomes ocidentais, em especial os de origem grega, como o meu, geralmente tem uma fumaça mitológica que os transforma em algo grande e louvável. Coisa que nunca me interessou. Meu segundo nome é Abdol. Porém o correto seria Abdul. Escrito com a vogal U, não com O. Por um motivo qualquer, a possível surdez do escrivão do cartório de registo de nascimentos ou até mesmo do padre que registrou minha alma aos céus católicos, assim foi por desejo de minha mãe. Meus dois nomes com a inicial A. Parecido com as pilhas AA. Embora eu não tenha energia alguma. Impera em mim a preguiça, o desleixo, a hipocrisia e um caos orquestral. Um regente surdo que exige de seus músicos a ditadura do compositor, uma partitura silenciosa que conserva a música de esferas que não são mais que formas de cristais terrosos. Sujos e embriagados. E é assim que me sinto em qualquer lugar, como um surdo numa orquestra. Não compreendo, nem sinto nada além do desconforto da gala, das caras e das expressões de genialidade da composição. Sinto-me como um guarani, perdido no centro da cidade hostil. Na terra que foi minha, já não é. Na região que nasci, não era minha. Mas agora é.

Minha mãe é brasileira, meu pai do Líbano. Nasci em Santa Rita, no Paraguai, espécie de oásis para os brasilguaios. Não foi meu caso, aquele lugar representou a ruptura de mundos ainda que em conflitos em mim, não me reconheceu tal como um dia ainda hão de me reconhecer. Minha mãe falava português. Meu pai árabe, um árabe que nunca entendi. Eu aprendi apenas o português até meu 14 ou 15 anos. Uma língua tão bonita. A línguas de minhas ideias confusas e ofuscadas pela fumaça dos caminhões e carros da cidade que hoje vivo: Ciudad del Este. Na sua profusão precária de afetos. No sentir permanente, uma saudade de minha mãe. De meu pai não tenho saudades, dele herdei o Abdou já citado acima. Significa servente. Se ao menos tivesse se esforçado um pouco mais, poria o complemento. Allah. Para ficar Abdullah. Assim meu nosso seria interpretado como servente de Deus. Mas apenas sou um servente. Um servente qualquer, como quis meu pai.

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Bachata y Chipa

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No son los nombres de los protagonistas de alguna nueva novela, pero podrían perfectamente serlo.  Se trata, más bien, de constatar la fuerza de la bachata –su ligao– el cual  encontré hasta en Corrientes (Argentina), entre la gente que se aglomera ante un kiosko  de su costera sur para bailar o ver bailar las pegajosas composiciones del grupo Ventura.  Obvio,  para alguien que venga de El Torito de Villa Mella o del Blanco de Boca Chica, aquélla le parecerá una bachata sin picante; de las que desde el primer paso revelan el empeño con que se aprendió danzando en una academia.  Sin embargo, vivísima  allí se halla; en los auto-parlantes y entre los labios de las bellas muchachas correntinas.  Literalmente, una vez que las radios la difunden continuamente en La Paz (Bolivia), en Asunción del Paraguay y, aunque  aún no mucho, en Foz do Iguaçu del Brasil (donde vivo), se me hace que el ritmo dominicano domina incluso hasta el sur de Sudamérica.   La chipa es un pan de queso que, junto con el mate y el tereré, están desde antaño omnipresentes por aquí.   Y la bachata le sigue los pasos.

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Cadáveres exquisitos/ Alejandro Abdul

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 *

Comienzo de un final desesperado

Miro mi imagen en el espejo

De tudo que há en el vientre de mi vida

Balãopequeno de grande explosão

Como las raparigas, las flores crecen en el jarmim

Porque en mi mundo reina la incoherencia

**

Coerção de boi sem sangue

As formas que estão formando
Pois tudo é oxímoro
As nuvens: são arquitetadas pelos anjos!
Vivendo de uma prece
Solamente se ve la vida
***

Na terra vermelha, o pássaro frio morre:

Parece um sopro, é quase vivo!
Por que corres tanto?
Na Solidão da Noite,
Que horrível é não conseguir dormir!
Mi tristeza (tras los pasos de mi amada):
El águila que se arrastra!
Te daré la oportunidad de leer a mi ánima.

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¿Cuál es tu lector ideal? Entrevista a Alejandro Abdul/ Héctor Quilique, Eugênio Passos, Dora Maya, Felipe Espinola y otros alumnos de la UNILA

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-(Sonrisa.) Mi lector ideal soy yo mismo: escribo para mí (antes de todo); después (ante el espejo, que es cada uno de mis poemas), hago la búsqueda de mí en las otras personas. Si me leen, y les gusta lo que  leen, son mis lectores ideales (también).

-Como o poliamor, seria relacionar-se livremente com várias pessoas. Mas, o que acontece quando se percebe que uma delas é a sua preferida?

-Mi lector ideal son los delfines.

-Como los turistas con quienes trabajo; mi mejor lector es el que me haría sentir un turista de mi propia poesía.

-Aquel hermafrodita.

Falo português e espanhol. Mas acho que para escrever sempre me falta algo dessas duas. Então escrevo algo que fica entre as duas línguas. As gramaticas me confundem quando penso em qualquer cosa séria. Não que para mim escrever seja algo sério. Nem sem o que é isso. Só sei que se não teimar em pegar caneta e papel meu peito explode. Tem ideias que são mais fácies falar em espanhol. Aí falo em espanhol. Sabe? E tem outras que eu falo em português porque são mais bonitas. Só que a língua mais bonita mesmo é aquela que todo mundo fala, aquela que fica dentro da boca. Quando duas bocas se juntam elas se compreendem tão bem que dá gosto ver e sentir essa língua comum. De noite bate uma saudade dessa outra língua. Ainda mais nessas noites quentes, sabe? O senhor me desculpa não sei se estou falando muito. Só que a fala também faz a gente ir longe…”

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No he nacido no he de morir

Diana Araujo

I

Pensaba hacer otra cosa

Y no escribir

Salir para puerto iguazu

Desde foz

O irme al paraguay

Que es como quien dice

Para los brasileños

En fin ir a mis pesadillas

De la noche pasada

E intentar enmendar

Aquello horrible

Y tan injusto para los que amamos

Limitado estoy

Aunque  ilimitado va mi deseo

Que no muere esta mañana

Aunque me quiten esta piel

Y mis agradables recuerdos

Lágrimas involuntarias

Ícaro andino

Ave oscura de ojos

Tomados ya por el fuego

II

Una muchacha muy joven

Un cachorro que mira las musarañas

Intentan cruzar la avenida

La auténtica frontera

De nuestra casa

No busco el remedio

No intento hallar el camino

No tengo  razón, qué duda cabe

Pero la felicidad anda enredada

Entre nuestros pies la salida

La rozan en el aire todos los días

Nuestras manos

Lengua  de perro contra  huesos y musarañas

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