Vou-me embora pra Sabores
Lá meu cartão é rei
Lá tem a cerveja que quero
Em copos gelados, que eu sei
Vou-me embora pra Sabores
Vou-me embora pra Sabores
Aqui nem sou feliz
Lá as coisas costuram
De forma tão inteligente
Que a Unila, louca e cheia de manha,
“Imperatriz” e negligente
Se torna o amor doente
Do amante que não tive
E como caminharei, na lástima
Vou me por em bicicleta
Correrei por entres os carros
Subirei na melhor mesa
Vou comer shawarma e amar!
E quando estiver borracho
Caido, como um qualquer vil
Mando chamar o garçom
Pra guardar minha história
Pois logo não serei menino
E alguém irá me podar
Vou-me embora pra Sabores
Na Sabores tudo é louco
Louco em união
Tem pessoal seguro
Pra parir a confusão
Tem mesa amarela
Tem cadeira a vontade
Tem travestis bonitas
Pra gente paquerar
E quando me ver sem riso, triste
Sem alegria e sem direito
Quando a noite vier
E a morte me chamar
– lá meu cartão é rei –
Terei o lanche que quero
Na mesa que escolherei
Vou-me embora pra Sabores
Henrique Santana. Talentoso estudiante de la UNILA.
Lindo poema, Henrique, parabéns!