Archivo por meses: agosto 2011

Gestos mínimos: poesía brasileña hoy

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Encuentro que, aparte de algunos de mis estudiantes en la UNILA (Foz do Iguaçu), estos son los mejores poetas actuales del Brasil. Minimalismo, pericia lingüística y sutil humor; atentos a los monemas antes que a las palabras. Los textos han sido entresacados de Na virada do século. Poesia de invençao no Brasil (2002), cuyos “organizadores” fueron Claudio Daniel (São Paulo, 1962) y Frederico Barbosa (Recife, 1961), auto-incluidos en su antología. Sin embargo, creemos que estos “gestos mínimos” han sobrevivido aquí –son sin duda, entre los de 46 autores, lo más fresco y vivificante de toda aquella colección– como a despecho de sus originales compiladores; sobre todo de uno de ellos. Nos referimos, en concreto, al encandilamiento por el neobarroco (léase José Kozer) por parte de Claudio Daniel. Tecnología, este último neo-tramado neo-cubano y para ex-jóvenes latinoamericanos ociosos, que –ya lo dijimos antes en algún otro lugar– fue durante los 90 y los 2000 la autoritaria estética dominante. Sin embargo, a pesar de nuestros puntuales reparos, felicitamos (de joroba, así se dice en el Perú cuando llega algo extemporánea) a ambos autores por permitirnos hallar –como un generoso refresco para este calor que ya se anuncia en Foz do Iguaçu– estos olímpicos poemas.

PORNOGRAFÍA

zarpar
do ziper
ao zap
do zoom
ao zoo

Takeshi Ishihara (São Paulo, 1970)

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Poesía de Feliciano Acosta Alcaraz

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Búsqueda

Deambulo buscando
esa tierra.

¿Dónde estará?

El fondo del río
hurgo
haber si lo encuentro.

En el chisporroteo de la luz de la luciérnaga
me agazapo también,
buscando
y jamás la encontré.

En el temblor
del aleteo de la perdiz me sumergí
buscándola.

El sol cae implacable sobre mí,
y la busco
y la sigo buscando
y jamás la encontré.

Los cantos rodados trizan mi piel
Mis pies sangran a borbotones.

Dónde estará
esa tierra,
la tierra sin mal.
¿Será que la niebla,
la cubre?

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SES 518/ Harold Alvarado Tenorio

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En la quinientos dieciocho

de un hospital de Caldas

mientras leo fragmentos

de Arias Trujillo

espero la vida o la muerte.

Poco pide ya el cuerpo

y apenas celebra la luz.

Sabe que todo fue ensueño

y un inútil arrojo

haber creído en vosotras

quimeras de un siglo

de cartón y de piedra

soberbia y celuloide.

En nosotros no hubo amanecer

ni mañana ni ayer.

Nacimos en lugar equivocado,

crecimos donde no debimos,

palmamos cuando no quisimos.

Esta fue nuestra patria y fortuna:

sangre y destierro.

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Crónica/ Bruno Eliezer Melo Martins

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Vou lhe dizer o que é milagre. É você tomar banho com um minusculo sabonete ou melhor um resto de sabonete, uma folha de sabonete e ainda não deixa-lo cair. É entrar num onibus lotado e ainda sorrir para todo mundo. É vender uma cesta de doces debaixo do quente sol de verão. É dar um dia o osso ao cachorro e no outro comer a carne. Milagre é ver o sol nascer sem ter sono e ir dormir sem ele. É escrever a crônica do dia seguinte para o jornal local no sacolejo do ônibus lotado distribuindo sorrisos e vendo os que entram e saem. É dar ao cobrador o endereço e descobrir que ele é vizinho de sua pretendente. É dar asas a um grito e corta-las de passáro, sem que com isso deixe-o de fazer voar. Milagre é antes de mais nada sobreviver os anos da infância e os anos da juventude sem nada de espetacular, sem nada que marque a face ou o peito com uma ou algumas cicatrizes para toda vez que se ver refletido perceba sua história e deixe lembranças tristes mais belas, ou belas mas tristes ou ainda simplemente tristes. Como aquela da primeira namorada, da segunda e da terceira. Milagre é não ter essas lembraças infelizes e escrever para o jornal local. É usar o papel e a caneta como quem usa o martelo e a talhadeira. Milagre é ser o anti-milagre de morrer jovem mas num gozo, num pleno e verdadeiro gozo E ter uma profunda esperança de continua-lo por toda a eternidade.

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Poesía de frontera

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ONDAS
Quando o mar deixou de sȇ-lo
Barbulhando
De las olas del mar el silencio en mí
Puedo mirar
Elas indo e vindo

ALABA LOS OJOS NEGROS DE JULIA
Vejo profundamente
Dentro de sus ojos
O calor das suas mãos
Mirando la dolor
Upéicha rohecha che yvoty
Parā

MEU AMOR POR TI
Es mais bonito do que
Nada! O amor não é nada bonito
O amor é uma mentira!
Vivo uma mentira
Não quero mais Amar
Acho que ventarei
Amor, amor, amor
Cadȇ?

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Fernando Rivera: Dar la palabra

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Puntual e interesante deconstrucción de la recepción arguediana hasta el momento. William Rowe, en su sugestiva lectura utópica del llanto arguediano, y Julio Ortega –en tanto entiende el sacrificio como comunicación o mito de futuro– le permiten a Fernando Rivera indagar en el “exceso afectivo” del autor de El zorro de arriba y el zorro de abajo para intentar superar ciertas lecturas “antropológicas” –predominantes, aunque limitadas– sobre la obra de este último autor:

“el discurso de la transculturación [Rama] y el de la heterogeneidad socio-cultural [Cornejo-Polar] leen la identidad en la cultura y la literatura. Es por ello, me atrevo a decir, que no se interesaban, y no podían, leer la muerte de Arguedas: si se asumía la obra de Arguedas afirmativamente como un espacio simbólico de construcción y articulación de identidad, y si se tenía en cuenta que el suicidio de Arguedas textualizaba su muerte, entonces, no se podía leer esta muerte” (60).

Impase ante el cual –y acaso de un modo no menos antropológico– Rivera postula su “escritura de la reciprocidad”:

“este exceso afectivo, cuya presencia es fundamental y constante en la escritura de Arguedas, no sería tal (un exceso); sino que el fluir del afecto estaría regulado por la lógica de la reciprocidad y la donación andinas” (66). De modo tal que, aunque ateniéndonos también a la sintaxis del párrafo:

“Este límite donde el autor es llevado al punto extremo de retirarse del mundo de la experiencia (suicidándose) para dejar que la escritura se haga posible también en este mundo, para hacerse él mismo escritura y dejarse escrito en una suerte de escritura silenciosa e infinita, que dice sin decir, y que hace de la ficción o de esta nueva forma de ficción, la única manera de escribir el mundo de la experiencia: borrándose de ella para que las voces de los otros la restituyan” (312).

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Si no nos atrevemos a imaginar lo imposible no nos atreveremos a hacerlo realidad/ Edgar Artaud Jarry

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Edgar, el primero y siempre a la izquierda

Hoy he intentado aplicar un viejo principio

que me enseñó mi padre

me recuesto en el piso del cuarto

mirando hacia arriba

me concentro

en desaparecer el techo

me olvido del tiempo

y el espacio

me invade una gran calma

y con la vista en libertad

adelgazo la losa de concreto

una hoja frágil de cristal

que se desvanece

y veo el espacio azul inmenso

con nubes blancas y algunas estrellas

como si estuviera flotando en el océano.

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Feriado prolongado/ Diana Araujo Pereira

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Às 2 da tarde aconteceu o previsível e até esperado. Que droga, e justo num feriadão prolongado como esse, quando não há ninguém que possa me dar uma mãozinha. Sempre tinha esperado pelo golpe de vento, pelo golpe fatal da sorte e outros golpes mais que cedo ou tarde acabam chegando… quase podia escutar o Vallejo dizendo “hay golpes en la vida… yo no sé”… e eu menos ainda. Agora é esperar para ver se eu dou sorte, uma vez na vida pelo menos. Com a porta trancada por fora, sem as chaves nem para entrar nem para sair do prédio, ou entro em pânico ou começo a rir de mim mesma, enfim tento encontrar algum consolo estranho na ironia da vida… ou qualquer chavão desses que pulam dos discursos e livros de auto-ajuda… “nada é por acaso”… “tudo tem sua razão de ser”… bom, pelo menos algumas calorias vai dar para perder, de tanto subir e descer essas benditas escadas.

Um edifício de três andares, com um apartamento por andar. E numa rua deserta, felizmente deserta, uma ilha de silêncio em plena cidade cosmopolita e aberrantemente ruidosa. Mas com o primeiro andar vazio, sem morador algum – problemas de herança e divisão familiar – só resta a senhora solitária com a filha solitária do segundo andar. Só que por incrível que pareça elas estão bem menos solitárias hoje, nenhuma das duas dá qualquer sinal de que vai voltar para casa.

Com tanto telefone, celular, email, msn, e sei lá mais o que, quando uma pessoa fica presa, fica simplesmente presa, e não tem como ligar, ou se conectar, e nem gritar… porque com tanta mania de segurança… não tem vizinho que escute, e nem temos porteiro, e o vento bateu a porta em um segundo em que fui deixar o lixo no corredor. E eu de pijama, menos mal, não estou de calcinha ou pelada, como naquele conto do homem nu, mas ao invés de apenas passar vergonha não tenho como escapar.

Eu aqui… já vão horas… já forcei todas as portas, já gritei até ficar sem voz do buraquinho do vidro quebrado da janela, já soquei as paredes… e nem sinal de nada. Estou começando a ficar com fome, nem a droga do café da manhã eu consegui tomar. Mania besta de limpeza… Menos mal que não tirei as meias, já está escurecendo, esfriando, adoro essas meias…

É estranho como o olho no escuro acaba se acostumando com a falta de luz. Há algum processo das células que fabricam o escuro quando fechamos os olhos. Me lembro do Borges, coitado, tendo que aprender a usar essa outra visão, a das células que fabricam o escuro e leem os vazios do real, preenchendo-os com outros tons de outro real.

Aquele filósofo italiano, como é mesmo o nome? fala que contemporâneo é quem vê no silêncio do seu tempo, no vazio ou na escuridão do seu tempo, as inserções de outros tempos, de passados anacrônicos ou sonhos de futuro. Não me sinto mais contemporânea por não enxergar nadinha de nada. Me sinto é bem assustada. Se aparecer uma barata nojenta vou tentar dar uma de Clarice Lispector, mas acho que não vai funcionar… Bom, o olho vai mesmo se acostumando com a escuridão…

Já levo três dias esperando que alguém apareça, uma náufraga em plena cidade super povoada, ouvindo o telefone tocar sem poder fazer nada… ouvindo a barriga roncar e tentando sorrir pensando na baixa calórica dessa situação ridícula… que “algum sentido transcendental tem que ter para a existência”…

Quando por fim as vizinhas retornam ao lar, estou desmaiada na sua porta, me encontram aí, jogada no chão depois de roer as plantas que enfeitavam o corredor. Já mais verde que branca, desperto no hospital toda espetada e remexida.

A lição? Não há tragédia sem uma boa dose de ridícula circunstância; não há mistério sem um bom tom de ironia.

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PARADIGMAS LITERARIOS

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PARADIGMA MODERNISTA

.Nombrar alegórico o alterno.

.No lo evidente ni lo puramente subjetivo, sino lo deseado. Realidad alterna. Mundo sustitutorio, fantasmático.

.Hacen del poema el espacio central de la realidad. Mundo antimimético. Se representan las cosas para ser gozadas.

.Arte no didáctico porque se resuelve en el misterio.

.Yo es más personaje que persona. El poema es una representación de la realidad que sirve de escenario al personaje-Yo.

.Se habla con sílabas (aliteraciones). Tiranía de la rima.

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