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Tempo solto de Amalio Pinheiro

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Impressiona em Amálio Pinheiro o saber lidar com o verso, a medida, ritmo e sonoridade. Dá-se a condução perfeita do insuspeitado metro, que regula o discurso, mesmo para depois soltar-se. É aí que se complementam em exercício poético “a textura de uma folha e a trama de uma palha”.
O aparecimento deste livro nos redime, fazendo crer que se trata de uma conquista do poeta, que nos vem libertar das repetições cansativas ou da pressa de dizer… – Jerusa Pires Ferreira

XXII

Não sei aonde se prepara para  mim

a mulher que não terei,

com seus signos de outrora;

não sei por que ruas anda perdida

a minha imagen,

com uma estranha companheira

em um trem de última hora;

não sei em que estações e entroncamentos

minha bagagem me espera paciente

com meus utensílios caseiros;

não sei aonde não fui

e deveria ter ido;

não sei que outra parte de mim

continua viajando, sozinha,

antes de eu vir, depois de eu haver ido.

(De Regressos)

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MÁS POEMAS DE ALEJANDRO ABDUL

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Ojos de jabitucado

Grandes pestañas

Sin sexo determinado

Doce como fruta

Celoso… muy celoso

 *

Soy Dios

Me basto a mí

Me entiendo a mí

Me temo a mí

Invisible

Soy el rostro de mis manos

 *

Llevo años sin ver un espejo

Cuántos demonios arrullándose

En los pliegues de esta piel

Me parece que escurro

¿No es obvio?

Me parece que lloro

Es falso.

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