TRANSCRIAÇÃO E TRANSCULTURALIDADE
30 de Novembro de 2017 | 19h às 21h
Por Amálio Pinheiro
(Centro de Estudos de Tradução Literária)
A transcriação, em Haroldo de Campos, abarca processos que vão de um conhecimento do signo poético (via Fenollosa, Jakobson e Peirce, por exemplo) ao movimento diferenciante e deglutidor das línguas e culturas/naturezas antropofágico-mestiças, que trazem na sua formação o germe tradutório da incorporação do outro. Daí a preferência por certos autores transbarrocos, desviantes da tradição sucessiva da história, como Gregório de Mattos, Lezama Lima, César Vallejo e Oswald de Andrade.
Esta atividade poderá contar como crédito de horas para o Programa Formativo para Tradutores Literários.
Grátis
Amálio Pinheiro é poeta, tradutor e professor no Pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP. Coordena o Grupo de Pesquisa “Barroco e Mestiçagem”, onde se investigam as relações entre as áreas de literatura, comunicação e cultura na América Latina, ao mesmo tempo em que se experimentam modos de conhecimento não dualistas para o continente. Tem produzido ensaios e traduções comentadas de autores da Espanha, da América Latina e do Caribe. Desenvolve pesquisas sobre as relações entre a memória cultural, as artes e as ciências não clássicas, com ênfase nas conexões e ramificações entre voz, poema, corpo, séries culturais e paisagem urbana, que se desdobram aquém das dicotomias entre sociedade e natureza. Publicou, entre outros, César Vallejo: o abalo corpográfico, César Vallejo a dedo (tradução); Aquém da identidade e da oposição. Formas na cultura mestiça; Nicolás Guillén: Motivos de som (tradução); Rafael Alberti: Sobre os anjos (tradução), América Latina: barroco, cidade, jornal; Tempo Solto (poemas).