Yo estoy acá na Garganta do Diabo
Ciudad tán hot,
Mi Querida mamá que acolhe a todas as culturas
Che sy tán importante, My mother tão turística
Che Foz do Iguaçu-gua. Is wonderful!
Na calada de las lluvias, del brillo, del yellow
Acá sí és posible brotar
Las Calandrias y zorzales
Vêm o delírio, o martírio
Um corpo atormentado
Uma alma desesperada
Um cérebro que pensa, que busca solução e alma
O nosso ser quer sair, quer agitar
O ser que sente que vai enlouquecer aqui em Foz do Iguaçu
Quer fugir? Faz força! Foz força!
Quer sair o corpo,
Quer sair….sair para onde?
Se não me deixa morrer, deixe-me viver
Não me sufoque mais,
Solte-me, deixe-me viver…Cataratas do Iguaçu…Ardente e fria
Quati…cadê você?
Corre! Corre! Corre!
Foge! Foge! Foge!
“Garganta do diabo”, primer poemario que prepara Alejandro Abdul y que será lanzado, por Guardanapo Editores, proximamente en Foz do Iguaçu.
Nesta Poema Abdul explora sua situação perene de ser perdido, que anseia um encontro que o faça perder ainda mais em seu labirinto indentitário. Aqui não há riscos de mesclar seus idiomas, uma vez que seus pensamentos se confundem com palavras ora em espanhol, português e ora em inglês e árabe. Um devaneio linguístico que revela a riqueza do incerto, do acaso em viajem perpétua. Do espirito humano frágil e ao mesmo tempo brilhante na sua força de fuga.
Quando em Garganta do Diabo, Abdul revela sua sensibilidade que cambaleia entre a origem e a fuga, percebe-se a dignidade mor do poeta. Seu reflexo é revelador e até nos perturba face a sua localidade global. Ao seu apego físico a cidade quente, turística e de passagem. E pela sua passagem por ela.O poeta carrega em si as marcas das lembranças e transfira-as em beleza.
Todo o poema é forte, mas a partir do sétimo verso até o fim, Abdul culmina num campo raro e de uma vigorosa ardência:
Acá sí és posible brotar
Las Calandrias y zorzales
Vêm o delírio, o martírio
Um corpo atormentado
Uma alma desesperada
Um cérebro que pensa, que busca solução e alma
O nosso ser quer sair, quer agitar
O ser que sente que vai enlouquecer aqui em Foz do Iguaçu
Quer fugir? Faz força! Foz força!
Quer sair o corpo,
Quer sair….sair para onde?
Se não me deixa morrer, deixe-me viver
Não me sufoque mais,
Solte-me, deixe-me viver…Cataratas do Iguaçu…Ardente e fria
Quati…cadê você?
Corre! Corre! Corre!
Foge! Foge! Foge!