Archivo por meses: mayo 2012

Spotting Walt and Crew/ Indran Amirthanayagam

20120512-w.jpg

Walt Whitman
chocolates at
the Walmart,

the commodity
of Art snacked
while reading

a recent edition
of Poetry sent
from Chicago

as a beard
sifts through
tomatoes

in memory
of Allen
Ginsberg

and the first
time Harriet
published

Ezra,
the imagist,
and lines

from Leaves
of Grass
are etched

on the walls
of the elevator
at the Lyric

in New York,
and a life size
doll greets

visitors
to the Walt
Whitman

Rest Stop
on the New
Jersey Turnpike.

In transit
from elevator
to highway

to fruits and
veg, searching
America

for Walt,
and Ezra
too, who

wrote his pact
to the old
woodcarver

saying: “let there
be commerce
between us.”

Now Allen
has gone
as well down

the long slide
leaving
Walmart and me

to record the sale
of chocolates,
Poetry still

here in 2012,
thanks to a grant
from Ruth Lilly

who inherited
her largesse
from the sale

of compounds,
medicines,
a man named Eli

who, like Merrill,
made money
so his son James

could write. But
that is another
American line

not yet for sale
in Walmart
or on the Turnpike.

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Vou-me embora pra Sabores (da Brasil)/ Henrique Santana

Henrique Santana

Vou-me embora pra Sabores
Lá meu cartão é rei
Lá tem a cerveja que quero
Em copos gelados, que eu sei

Vou-me embora pra Sabores
Vou-me embora pra Sabores
Aqui nem sou feliz
Lá as coisas costuram
De forma tão inteligente
Que a Unila, louca e cheia de manha,
“Imperatriz” e negligente
Se torna o amor doente
Do amante que não tive

E como caminharei, na lástima
Vou me por em bicicleta
Correrei por entres os carros
Subirei na melhor mesa
Vou comer shawarma e amar!
E quando estiver borracho
Caido, como um qualquer vil
Mando chamar o garçom
Pra guardar minha história
Pois logo não serei menino
E alguém irá me podar
Vou-me embora pra Sabores

Na Sabores tudo é louco
Louco em união
Tem pessoal seguro
Pra parir a confusão
Tem mesa amarela
Tem cadeira a vontade
Tem travestis bonitas
Pra gente paquerar

E quando me ver sem riso, triste
Sem alegria e sem direito
Quando a noite vier
E a morte me chamar
– lá meu cartão é rei –
Terei o lanche que quero
Na mesa que escolherei
Vou-me embora pra Sabores

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[Sobre o cimento fresco]/ Leonardo Vieira de Almeida (Trad.)

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Sobre o cimento fresco

do mudo mar de minha cidade

– entre os tristes botes

das docas de pescadores –

lanço minhas redes. Desmanchadas

minhas perguntas

são uns desejos mais

sobre a imantada superfície.

Sombras efêmeras

meus anseios.

Quero morrer. Morrer.

Ficar em dia,

como disse alguma vez, de velhez,

meu cansado pai.

Quero morrer

e fazer tudo mais uma vez.

(Escrito provavelmente em 1984)

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[¿Es de la lluvia nacido el delirio que colma tu rostro de fiereza?]/ Guadalupe Ángeles

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¿Es de la lluvia nacido el delirio que colma tu rostro de fiereza?

No, aunque tus ojos enferman de escaleras hacia lo incierto

es sólo violenta intolerancia,

es hambre de nubes claras

suave reverbero de palabras no dichas

o quizá sólo sea que un sabor incierto de azar

un olor, un gesto que amas te recuerdan

todas las vida que has de vivir

y parecen palpitar en este instante.

No, no es miedo

es el cataclismo que vendrá y se anuncia

en un perfil recortado contra la noche.

Hablaría entonces tu último entendimiento

tu gana inmensa de ser otro y otros al paso del tiempo.

Paciencia

ese otro llegará, serás los que no has sido,

es sólo cuestión de tiempo.

El estribillo de cada sueño hará llegar lo desconocido.

Tus gestos, tu voluntad, tu ambición por otras voces

se harán presentes, verás,

por ahora mira lo cotidiano

y perdona, respira, abandona,

ya lo han dicho otros: “cada instante algo muere”

Si no fuese así ¿Cómo vivirías?

Todas las escamas del tiempo han de caer,

para ser algo más que nuestro proyecto siempre inacabado

pero presente en las palabras que le dan aliento,

no importa su coloratura: Amar, Volver, Olvidar.

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