El gato llega a la puerta del cuarto donde escribo.
Se detiene…vacila…avanza…
Me clava su mirada.
Nos miramos.
Ojos contra ojos…
!Casi con terror!
Como dos seres incomunicables y solitarios
Que fuésemos hechura de un Dios diferente.
O gato
O gato chega à porta do quarto onde escrevo.
Entrepara…hesita…avança…
Fita-me.
Fitamo-nos.
Olhos nos olhos…
Quase com terror!
Como duas criaturas incomunicáveis e solitárias
Que fossem feitas cada uma por um Deus diferente.
Mario Quintana. (Alegrete, 1906 – Porto Alegre, 1994)